Sei que ninguém vai fazer revolução comendo comida de fada colorida e enfeitada com flores, mas também não faz mal nenhum adicionar flores comestíveis aos pratos e infusões, principalmente se elas estiverem dando sopa no nosso bairro, né?
Filosofando com as panelas
Um cadinho da minha história
Quando me vem à memória os jantares da minha família é inevitável pensar nos assados, churrascos e carnes demoradamente cozidas na pressão. Em resumo, meu histórico alimentar tem a carne como ingrediente principal desde criança: comia embutidos no café da manhã, carne grelhada no almoço, peito de peru no lanche, pizzas e salgadinhos sempre cheios de presunto, carne moída, frango, e por aí vai.
Na tentativa de fazer as pessoas se aproximarem de seus fogões, criei a lista com 10 atitudes para cozinhar mais em casa, parte I, e de lá para cá tenho pensado bastante em como existem várias crenças que nos afastam desse autocuidado.
Algumas delas estão impregnadas no inconsciente coletivo, como:
– “Existe um tipo de corte para cada vegetal”
O que é suficiente?
Fecho os olhos, despejo o que está aqui dentro no teclado do computador pois hoje meus pensamentos não tinham tempo para papel e caneta. Mesmo diante de todos os compromissos cumpridos, das novas propostas feitas aos clientes, dos produtos embalados, dos quilos de papéis organizados, de tudo pronto e formulado, cursos dados, escrivinhanças aleatórias para o blog, planejamento das próximas semanas e todas as coisas relacionadas ao trabalho que ocuparam minha agenda hoje, a culpa vem me visitar dizendo que não estou fazendo o suficiente.
Afinal, orgânico custa mais caro?
Segundo o Instituto Kairós, um orgânico no supermercado pode custar de 2 a 4 vezes mais caro. Já vi um maço de rúcula mirrado por oito Reais e uma bandejinha de batatas comuns por doze, ambas embaladas em plástico filme e isopor. De assustar, né?
O amor dos italianos pela comida local
Os italianos valorizam tanto sua comida que ela virou um ícone no resto do mundo. Porém, minha experiência com as comidas na viagem que fiz pela Itália durante um mês não foi tão magnífica assim. Passei por dez cidades, no total, e confesso que esperava massas diferentes e fantásticas, mas em vez disso comi muito molho de tomate ácido por lá, inclusive nos restaurantes indicados pelo Guia Michelin, considerando um dos melhores do mundo (nunca vou entender isso de uma empresa de pneus ditar tendências gastronômicas…).
ira e mexe me perguntam como fiz pra aprender a cozinhar e sempre respondo a mesma coisa: tentando, errando, tentando, errando, tentando outra vez e finalmente acertando (ou não). Há vezes que testo uma receita 5, 10 vezes até ficar do jeito que quero. O primeiro passo é ter humildade e reconhecer que não nascemos sabendo. Se não tentarmos, como vamos aprender?
Como tomar gosto pela cozinha?
Várias pessoas já me perguntaram como fazer os olhinhos brilharem na hora de ir para a cozinha, mas a verdade é que não existe receita pronta. Ainda que a gente se conecte com a alimentação, não há nenhuma garantia que você vai executar pratos com um sorrisão na cara todos os dias. Até eu, que vivo da cozinha e sou fascinada pelo universo culinário, sou de vez em quando surpreendida pela preguiça. Nessas ocasiões a banana vira jantar, e tá tudo bem.
No Comentários