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Receitas

  • fermentados / Receitas

    Mingau de milho feito com leite de coco e missô

    Antes, um dedo de prosa

    Meu prazer pela comida passa metade pelo gosto, metade pela textura. Tem dias em que acordo para crocâncias, noutros para cremosidades. A maior parte dos meus leitores do blogue e também dos alunos das consultorias de planejamento alimentar diz que sequer presta atenção na textura dos alimentos quando estão na cozinha (a geminiana conversadeira aqui sempre pergunta isso, hahaha!).

     


    Foto da @luizabongir em parceria com @taiobabrava

    Aqui em casa tento pensar nos pratos que vou cozinhar antevendo o sabor e textura, para não enjoar da minha própria comida. Fazer e comer mingaus nesses tempos sombrios de pandemia tem sido um ritual de amor comigo mesma. Cada vez sai uma receita diferente, ora doce, ora salgada.

    Ontem, último dia do mês de junho de 2020, me dei folga e passei a manhã fazendo delícias em homenagem à São João, São José, Santo Antônio e São Pedro, pois o mês passou tão rápido que nem vi. Também teve pipoca e canjica doce, uma beleza.

    Na foto deste post, eis um mingau cremoso que não é doce nem salgado, acho que fica no meio termo.

    Receita do mingau de milho (serve 2 cumbucas pequenas)

    Fiz assim: cozinhei 4 espigas de milho fresco, debulhei e bati no liquidificador com 2 xícaras de leite de coco bem grossinho. Mas é para bater bastante, sem dó, hein?

    Depois coei para deixar bem lisinho, levei para a panela e cozinhei em fogo baixo até engrossar. Como o milho entra cozido, você pode optar por cozinhar o tempo que preferir, ou seja, a textura fica por sua conta!

    Desliguei o fogo e adicionei 1 colher (sopa) de missô já diluído num pouquinho de água filtada.

    Ah, o missô entra como ingrediente opcional, pois só o leite de coco e o milho já brilham juntos sem precisar de mais nada! Se não for usar, opte por adoçar ou salgar da maneira que preferir.

    Também já fiz um mingau parecido, hidratando farinha de canjica no leite de coco (mesma proporção para ambos) e ficou cremosíssimo.


    Para mais receitas com leite de coco, clique aqui!


    E-book sobre fermentação de vegetais

    Aqui você pode comprar meu livro digital Para Começar a Curtir: Fermentação de Vegetais (R$34), que contém 18 receitas, poemas culinários, técnicas ilustradas e um FAQ para tirar todas as suas dúvidas sobre fermentação e te deixar livre para fermentar de forma autônoma!

  • Receitas

    Creme branco vegetal

    Na foto você vê berinjelas e batatas cortadas em tiras, sobrepostas com camadas de cogumelos e cebolas em pétalas. Reguei com creme de tofu, assei em fogo médio por 40 minutos, o que resultou na formação dessa casquinha crocante que é de comer chorando de alegria.

     

    foto por @nanirodrigues, da @brejo.co

    Outras ideias rápidas de cremes brancos vegetais

    Não vou comunicar as medidas exatas pois tudo depende da quantidade de ingredientes que você tem, a ideia é ter autonomia para cozinhar um creme vegetal bem gostoso.

    Se você for usar oleaginosas, é importante demolhar pelo tempo que puder – o tempo de domolho não vai sacrificar a receita, vai dar certo mesmo assim. Há quem, por falta de tempo, simplesmente ferva as oleaginosas por 5 minutos, só pra elas amolecerem e ficarem mais homogêneas depois de batidas.

    Eu sempre prefiro um demolho longo, de pelo menso 12 horas, para ajudar na digestão e deixar o creme com um aspecto mais liso ainda.

    Na hora de bater no liquidificador, vá adicionando os líquidos aos poucos, experimente várias vezes, ajuste o sal aqui e ali e confie no processo.

    • creme de castanha suave, cremoso e levemente ácido: um punhado de castanhas de caju demolhadas por 12hs e lavadas em água corrente, depois batidas com água, suco de limão e sal;
    • creme de castanha com mostarda e missô: um punhado de castanha de caju demolhada por 12s e lavada em água corrente, batida com água, suco de limão, uma colher de sopa de sementes de mostarda (ou uma colher de sopa de mostarda industrializada) e missô (pasta de soja fermentada)
    • creme de aveia: aveia – de preferência em flocos grossos, demolhada por pelo menos 12hs, batida com a água do demolho, sal, bastante azeite e temperos a gosto (fica ótimo com massas em geral, nesse caso é preciso deixar ele cozinhando pelo menos por 5 minutos para engrossar)
    • molho de leite de coco: leite de coco batido com um inhame cozido e descascado, sal e azeite
    • creme de inhame: um inhame cozido e descascado batido com água, azeite, sal e cúrcuma (açafrão da terra)
    • creme de semente de girassol: um punhado de semente de girassol demolhada batida com leite de inhame, bastante azeite, sal e suco de limão
    • creme de tofu

    batatas assadas com creme de inhame. cúrcuma e leite de coco

    foto por @lu.ranieri

  • bebidas

    Suchá de laranja com cardamomo

    Suchá

    Ultimamente nada tem me acalmado mais do que tomar uma infusão bem quentinha antes de ir dormir. Esse é um momento que me faz aquietaar. Uma forma de estimular esse hábito é deixar potinhos com algumas ervinhas secas ou especiarias/sementes bem visível, assim a gente lembra de tirar um tempo para respirar.

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  • para guardar na geladeira / Receitas

    Maionese cítrica de inhame

    Maionese crítrica de inhame

    Essa é uma receita de maionese bem diferente das industrializadas, já que não leva ovos e nem substâncias químicas. Aqui você encontra uma receita de panqueca de grão de bico que casa bem com essa maionese!

    Foto Luiza Bongir, @taiobabrava

    Ingredientes para 1 pote de cerca de 300ml

    1 inhame grande cozido e amassado

    3/4 de xícara de óleo ou azeite

    Suco de 1 limão grande

    Sal e pimenta do reino a gosto

    1 colher (sopa) de cachaça (opcional)

    1 colher (café) de mostarda

    Instruções

    Coloque metade do azeite e o restante dos ingredientes num liquidificador.

    Bata por dois minutos.

    Veja se está na consistência de uma maionese, ou seja, bem cremosa, homogênea e firme. Se não (tudo depende do inhame!), adicione o restante do azeite aos poucos e continue batendo por uns três minutos.

    Vá raspando as beiradas com uma espátula para certificar que a maionese vai ficar bem lisinha.

    Prove e se for preciso ajuste o sal e até o suco de limão.

    Dura cerca de 5 dias na geladeira.


    Veja aqui como fazer leite de inhame!

  • fermentados / para guardar na geladeira

    Picles da época

    A importância da acidez

    Passando o olho agora pela minha bancada vejo vários potes fermentando de forma anaeróbica (sem oxigênio) e aeróbica (com oxigênio), e também de forma selvagem ou com inoculação de culturas. Neste momento tenho em casa vários vegetais fermentados em diferentes estágios: sunomono, picles de biribiri, chucrute, creme de castanhas (receita no meu livro de fermentação), bichinho do gengibre, missô, vinagre…

    Não me canso do toque ácido dos vegetais fermentados e principalmente das texturas. Vão bem nos sanduíches, panquecas, saladas e até ao feijão do dia a dia! Para refletir sobre a importância da acidez na construção palativa das receitas, indico a série da Netflix “Ácido, Gordura, Sal e Calor”, e também o livro de mesmo nome, pois a chef e protagonista Samin Nosrat fala bastante sobre o tema de uma maneira didática e gostosa.

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