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    Infusão para a primavera

    Propriedades curativas da infusão mágica da primavera

    Essa infusão foi pensada para abrir a primavera, época em que as mudanças de temperatura costumam ser evidentes e deixam muita gente resfriada.

    O Capim-cidreira é muito usado na desintoxicação do corpo, combatendo gripes e resfriados por conter Vitamina C. Além disso, é antibacteriano e antifúngico. 

    Já a flor do manjericão é usada na receita para dar boas-vindas à época que nos convida a florescer!

    Muita gente descarta a florzinha pensando que ela não é comestível, mas ela pode ser usada sem medo.

    Momentos capturados pela @fernandabatis no meu Workshop Cozinha Intuitiva

    Ingredientes para 2 canecas da infusão mágica da primavera:

    400ml de água filtrada
    2 cl. (de sopa) de flor de manjericão
    1 cl. (de sopa) de capim-cidreira

    Como fazer

    Ferva a água e desligue o fogo.

    Numa caneca, coloque todos os ingredientes, depois adicione água e espere até que o aroma apareça.

    Coe e  sirva em seguida!

    Por que essa infusão é mágica?

    O manjericão é uma erva ancestral, muito usada em inúmeras religiões no mundo. Conheci a história do manjericão numa visita que fiz ao interior de Minas Gerais, conto tudo no post Cozinhar É Participar do Mundo.

    E para celebrar esse momento de chegada da primavera, deixo aqui um belo texto que foi publicado pelo Rubem Alves no Correio Popular:

    “POR ESTE MUNDO

    “Ó Deus, nós te damos graças por este universo, nosso lar; pela sua vastidão e riqueza, pela exuberância da vida que o enche e da qual somos parte. Nós te louvamos pela abóbada celeste e pelos ventos, grávidos de bênçãos, pelas nuvens que navegam e as constelações, lá no alto.
    Nós te louvamos pelos oceanos, pelas correntes frescas, pelas montanhas que não se acabam, pelas árvores, pelo capim sob os nossos pés. Nós te louvamos pelos nossos sentidos: poder ver o esplendor da manhã, ouvir as canções dos namorados, sentir o hálito bom das flores da primavera.

    Dá-nos, rogamos-te, um coração aberto a toda esta alegria e a toda esta beleza, e livra as nossas almas da cegueira que vem da preocupação com as coisas da vida e das sombras das paixões, a ponto de passar sem ver e sem ouvir até mesmo quando a sarça, ao lado do caminho, se incendeia com a glória de Deus. Alarga em nós o senso de comunhão com todas as coisas vivas, nossas irmãs, a quem deste esta terra por lar, juntamente conosco.
    Lembramo-nos, com vergonha, de que no passado nos aproveitamos do nosso maior domínio e dele fizemos uso com crueldade sem limites, tanto assim que a voz da terra, que deveria ter subido a ti numa canção, tornou-se um gemido de dor.

    Que aprendamos que as coisas vivas não vivem só para nós; que elas vivem para si mesmas e para ti, que elas amam a doçura da vida tanto quanto nós, e te servem, no seu lugar, melhor que nós no nosso.

    Quando chegar o nosso fim, e não mais pudermos fazer uso deste mundo, e tivermos de dar nosso lugar a outros, que não deixemos coisa alguma destruída pela nossa ambição ou deformada pela nossa ignorância. Mas que passemos adiante nossa herança comum mais bela e mais doce, sem que lhe tenha sido tirado nada da sua fertilidade e alegria, e assim nossos corpos possam retornar em paz para o ventre da grande mãe que os nutriu e os nossos espíritos possam gozar da vida perfeita em ti”.

    (Orações por um mundo melhor, Walter Rauschenbusch, PAULUS, 1997)

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