Encasquetei com o uso do chocolate nas comidas de sal depois de passar várias semanas pesquisando sobre a cozinha mexicana. Assisti duas vezes o seriado “Na Rota dos Tacos”, disponível na Netflix, também coloquei no modo repeat o vídeo “What Makes Mole Sauce?”, protagonizado pelo chef Enrique Olveda. Depois disso, testei muitas receitas com chocolate 60, 70 e 80%, que são menos doces. De todos, o meu preferido é sem dúvida o 70% – se você não tiver acesso a esse chocolate, veja na receita como substituir por chocolate em pó.
Uma receita ultra simples para dar picância e charme extra às saladas, sanduíches e o que mais sua criatividade permitir: grãos de mostarda fermentada!
Encha um pote de vidro higienizado do tamanho que preferir com 2/3 de grãos de mostarda e complete com uma mistura em partes iguais de água filtrada e vinagre, misturados com uma pitada de sal.
O líquido deve cobrir os grãos, mas é importante deixar um dedo de espaço entre o conteúdo e a tampa.
Deixe o pote tampado fora da geladeira durante sete dias e pronto. O tempo de guarda dentro da geladeira é indeterminado, tenho um pote aqui que preparei há mais de um ano!
Se preferir, pode bater no liquidificador até virar uma pasta.
Até dia 20/05 o meu livro, Com Os Dois Pés na Cadeira, que será publicado pela Quintal Edições, estará em fase de pré-venda com direito a um desconto e dois mini posters de brinde! O livro reúne poemas que dançam em quatro tempos, performando um banquete que andei cozinhando nos últimos cinco anos.
A manhã de autógráfos vai acontecer no dia 28/05 às 10:30hs no Espaço Casca (Av. Assis Chateaubriand, 176, Floresta, BH) e eu adoraria abraçar vocês!
Essa a receita de bolo de chocolate não leva fermento, leite ou ovos, tampouco requer o uso de uma batedeira. Os ingredientes são simples, vegetais e democráticos! Em dias de festa, sirvo com uma calda especial de frutas vermelhas, como na foto. Mas já servi também com calda de chocolate batida com tahine e leite de coco.
Descobri a receita assim: Nina Rocha (@ninarocha), amiga que muitas vezes divide as panelas comigo nas sextas-feiras, um dia fez para mim um bolo de chocolate de comer rezando, mal podia acreditar que os ingredientes, listados oralmente por ela na ocasião, eram tão simples. Eis que Nina me mandou um tuíte da @cuicadoida com a tal receita escrita de forma curta, sem muitas explicações. Fiz e deu muito certo:
Tenho feito esse bolo há mais de um ano. De lá para cá, troquei a baunilha por extrato de cumaru (deixo as sementes amazônicas descansando dentro da cachaça por pelo menos um mês, e está pronto o extrato!) e testei a temperatura do forno até chegar no ponto que gosto: casca levemente durinha e interior molhado.
Quando finalmente acertei a melhor versão, escrevi para a @choracuica e ela me contou que a receita é adaptação de um bolo americano “que o pessoal chama de “crazy cake” ou “depression cake”, em referência à Grande Depressão” que rolou nos Estados Unidos nos ano 1930. Na época, as pessoas passavam dificuldades financeiras, então os bolos tradicionais, feitos com ovos e leite, ficaram inacessíveis à maior parte da população. Quem diria que viraria um bolo versátil aclamado pelas pessoas veganas que convivem comigo <3
Ingredientes para o bolo de chocolate
3 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar cristal (também testei com demerara, fica ótimo)
1/2 xícara de cacau em pó 100% (pode usar um 50%, se preferir menos amargo)
2 cl. (chá) de bicarbonato
1 pitada de sal
2/3 xícara de óleo de girassol
2 cl. (chá de extrato de cumaru ou baunilha; ingrediente opcional)
2 cl. (chá) de vinagre (gosto de usar o de arroz)
2 xícaras de água
Modo de fazer
Pré-aqueça o forno a 180ºC por 10 minutos.
Numa bacia, misture bem os ingredientes secos.
Depois, acrescente os líquidos e misture novamente, até a massa ficar bem homogênea. Ela fica bem pesada e grossa, não se assuste!
Leve ao forno por 40 minutos ou até enfiar um garfo e ele sair bem limpo.
É fundamental esperar esfriar para desenformar.
Calda de frutas vermelhas
2 xícaras de frutas picadas (pode ser framboesa, cereja, morango, frutas silvestres…)
1 xícara de chá de açúcar cristal ou demerara
1 cl. (sopa) de óleo de coco
Para fazer, leve o açúcar ao fogo baixo e espere derreter um pouco. Adicione as frutas picadas e vá amassando com a ajuda de uma colher de pau. Quando reduzir até chegar num ponto que você considera bom para passar no bolo – tenha em mente que ela vai reduzir ainda mais depois de fria – adicione o óleo de coco para conferir um brilho extra. Desligue o fogo e aguarde esfriar.
Se fizer o bolo e gostar, considere postar fotos e me marcar nas redes sociais 🙂
Produção artística da Maria Fernanda (@cozinha.ambua), que contribuiu decorando com a flor comestível lamparina chinesa, que eu adoro catar no jardim dela. O nome científico, a quem possa interessar: Abutilon striatum.
Tenho tentado trazer pro cotidiano, na tentativa de marcar a passagem do tempo, receitas que conversam com cada época do ano. Essa aqui, de ceviche de coco com lichia, tem feito presença nos meses de dezembro a fevereiro, quando o coco verde está mais carnudo e as lichias estão gordas e reluzentes nos pés.
Ingredientes para 3 pessoas:
polpa fresca de 4 cocos verdes cortados em lascas de 4cm
1kg de lichia descascada, sem semente, despolpada com cuidado
1 pimenta dedo de moça picadíssima, sem sementes
suco de 5 limões tahiti grandes (ou mais, se preferir mais ácido)
1 xícara de água de coco
1 cebola roxa grande fatiada finamente em tiras longas
sal a gosto
coentro a gosto
Como fazer
Antes de começar, acho importante deixar umas folhas de coentro guardadas para incorporar à receita só na hora de servir, para ter o aspecto mais fresco possível.
Agora sim: numa bacia grande, adicione a cebola, metade do coentro e o sal. Amasse vigorosamente com as mãos até soltar bastante água. Agora acrescente o restante dos ingredientes, misture bem e leve à geladeira por algumas horas, para o tempero entremear gostosinho.
Na hora de servir, gosto de colocar numa cumbuca bonita e levar ao centro da mesa para compartilhar com pessoas queridas.
Broa vegetal fofinha e sem farinha de trigo, como deve ser
Eu e o Stanley, cozinheiro no @mandaknega, recebemos um convite do Circuito Municipal de Cultura para gravar o último quadro do Festival Histórias de Alimentar a Alma 2021, promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte, para cozinhar alguma delícia mineira.
Minha amiga Nina Rocha me ensinou o modo de preparo dessa focaccia no começo da pandemia e perdi as contas de quantas vezes fiz, cada dia com ervas e temperos diferentes. Preciso dizer que a focaccia clássica não é desse jeitinho, mas como gosto de abrasileirar as receitas, bora lá: Continue Reading
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