Memórias
Interior, Minas Gerais, quatro e meia da tarde, café recém coado, janela aberta, céu azul – mas não muito. Nuvem espassa. Esse é o aconchego que essa torta feita com fubá me lembra.
patês, molhos, confits, cremes e outras delícias
Essa é uma receita de maionese bem diferente das industrializadas, já que não leva ovos e nem substâncias químicas. Aqui você encontra uma receita de panqueca de grão de bico que casa bem com essa maionese!
Foto Luiza Bongir, @taiobabrava
1 inhame grande cozido e amassado
3/4 de xícara de óleo ou azeite
Suco de 1 limão grande
Sal e pimenta do reino a gosto
1 colher (sopa) de cachaça (opcional)
1 colher (café) de mostarda
Coloque metade do azeite e o restante dos ingredientes num liquidificador.
Bata por dois minutos.
Veja se está na consistência de uma maionese, ou seja, bem cremosa, homogênea e firme. Se não (tudo depende do inhame!), adicione o restante do azeite aos poucos e continue batendo por uns três minutos.
Vá raspando as beiradas com uma espátula para certificar que a maionese vai ficar bem lisinha.
Prove e se for preciso ajuste o sal e até o suco de limão.
Dura cerca de 5 dias na geladeira.
Passando o olho agora pela minha bancada vejo vários potes fermentando de forma anaeróbica (sem oxigênio) e aeróbica (com oxigênio), e também de forma selvagem ou com inoculação de culturas. Neste momento tenho em casa vários vegetais fermentados em diferentes estágios: sunomono, picles de biribiri, chucrute, creme de castanhas (receita no meu livro de fermentação), bichinho do gengibre, missô, vinagre…
Não me canso do toque ácido dos vegetais fermentados e principalmente das texturas. Vão bem nos sanduíches, panquecas, saladas e até ao feijão do dia a dia! Para refletir sobre a importância da acidez na construção palativa das receitas, indico a série da Netflix “Ácido, Gordura, Sal e Calor”, e também o livro de mesmo nome, pois a chef e protagonista Samin Nosrat fala bastante sobre o tema de uma maneira didática e gostosa.
Vinagrete com farofa de coco e arroz colorido com açafrão, acompanhado de algum vegetal grelhado e o creme de castanha fermentada do meu livro de fermentação tem sido a comida preferida dos meus domingos!
Ressignifiquei as festas de final de ano a ponto de se tornarem um mini ritual onde me reúno somente com os parentes super próximos. Apesar de não gostar muito da data, vez ou outra acabo me rendendo ao feitio de comidinhas coloridas, bonitas e cheias de textura para compartilhar com quem amo. Como já sou daquelas que mima os migos e parentes com comida o tempo todo, resolvi listar comidinhas para compartilhar ou dar de presente.
No Comentários